Passam
transeuntes
E
turistas varridos
Passa
a brisa
E
o olhar dos mendigos
Passam cavalos
E
seu ar de martírio
E
as gentes esnobes
Que
desfilam delírio
As
notas ecoam
E
invadem ouvidos
Que
se fazem ajustados
Os
mais providos
Cada
sopro é um esforço
Um
grito de alívio
Que
esbugalha os olhos
E faz tremer os cambitos
Passam
os carros
Seus
roncos poluídos
Que
lhe ofuscam as notas
Mas
não lhe tiram o brilho
Passam as modas
A
chuva, a neve e o frio
Passa
o verão
Esmorece-se
o brio
E
passam os anos
E
renova-se a vista
Mas
no coração da cidade
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