Monday, August 11, 2014

Terra do Adeus

Neste burgo tão pesado
As esquinas são lapsos
Memórias quase grafitadas
Palcos de tristes abraços

Quão encharcado é o Agosto
Regado tão a contragosto
Com gotas caídas do céu
Ou escorridas pelo meu rosto

São tantos aqueles que vêm
A esta terra só de passagem
E antes que outros venham também
Deixam marcas e seguem viagem

No saldo destas andanças
Dos que vêm e vão
Tão só sempre fico eu
Na terra do adeus

Mas eu próprio só passo por cá
Já tanto me fui e tanto regressei
E como bom andarilho que sou
Sei que um dia novamente me irei.

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