Monday, August 4, 2014

Sonetto Strambotto del Mitico

E meio assim, como se fosses um mito
Das filosofias mundanas e cáusticas
Das paixões insanas e das fugas drásticas
Eu falo de ti; a tua lembrança eu fito

Estás na roda de samba e na poesia vadia
Na gentileza inocente e na partilha da erva
Nos longos abraços e na volta a casa
Nas canções delirantes, nas noites de magia

Eu vou rumando até te reencontrar
Nas sortes do acaso ou numa nova investida
Não sei aonde; em qualquer lugar

Por mais que falhem os sentidos, és real nesta vida
O que te faz ser um mito é todo esse teu ar
De quem não suporta a leveza desmedida

E onde quer que o caminho que segues sozinho vá dar
Vou de boleia contigo à Finisterra perdida
Até que a redenção surja na paz que é o teu único lar.


Nota: dedicado ao meu amigo italiano, de Bréscia, Stefano.

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