E
meio assim, como se fosses um mito
Das
filosofias mundanas e cáusticas
Das
paixões insanas e das fugas drásticas
Eu
falo de ti; a tua lembrança eu fito
Estás
na roda de samba e na poesia vadia
Na
gentileza inocente e na partilha da erva
Nos
longos abraços e na volta a casa
Nas
canções delirantes, nas noites de magia
Eu
vou rumando até te reencontrar
Nas
sortes do acaso ou numa nova investida
Não
sei aonde; em qualquer lugar
Por
mais que falhem os sentidos, és real nesta vida
O
que te faz ser um mito é todo esse teu ar
De
quem não suporta a leveza desmedida
E
onde quer que o caminho que segues sozinho vá dar
Vou
de boleia contigo à Finisterra perdida
Até
que a redenção surja na paz que é o teu único lar.Nota: dedicado ao meu amigo italiano, de Bréscia, Stefano.
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