Só valho sova e bugalhos
No harém, porém, a quem aquém
De secos galhos, seus cascalhos,
Tanto bem mal faz também.
Lá custe luz a ilustre lustre,
Assombra e sembra a sombra;
Palustre lar que se ilustre,
Vislumbra e lembra a vil lombra.
O templo, que temo e contemplo,
Cuja virtude conjurava imune,
Do tempo é amplo exemplo:
A pane que me pune e mune.
Esquálido tanto e qual inválido,
Arquejo o ar que beijo no ensejo.
Compelido ao apelo, a pé lido
No cortejo com o pejo que pelejo.
O caiçara diz que cair sara
E o homem dá de hombridade
A ode a Iara onde há odara:
Saudade é só o sal da idade.
Monday, December 12, 2016
Tuesday, September 27, 2016
Arbeit Macht Frei
You're a higher-educated citizen
Product of mind sterilization
In our best teaching factories
Consuming liberal indoctrination
Then you get your spot
You gonna be a number
You gotta waste your life
Living a social slumber
Work sets you free: from Freedom
Dangerous ideas it will avoid
Work sets you free: from Life
We suck the blood of your effort
In our based-on-work society
You're done if you don't fit
We glorify the sacrifice
Digging your pit in a life skit
You follow like a zombie
A paltry way of life
Your sweat feeds the gear
Think? You've got no time
Work sets you free: from Lucidity
Your brain hurts you like a knife
Work sets you free: from Health
Taking the pill you swallow your life
Work sets you free
If you don't submit you're done
Work sets you free
In a world run by dumbs
Product of mind sterilization
In our best teaching factories
Consuming liberal indoctrination
Then you get your spot
You gonna be a number
You gotta waste your life
Living a social slumber
Work sets you free: from Freedom
Dangerous ideas it will avoid
Work sets you free: from Life
We suck the blood of your effort
In our based-on-work society
You're done if you don't fit
We glorify the sacrifice
Digging your pit in a life skit
You follow like a zombie
A paltry way of life
Your sweat feeds the gear
Think? You've got no time
Work sets you free: from Lucidity
Your brain hurts you like a knife
Work sets you free: from Health
Taking the pill you swallow your life
Work sets you free
If you don't submit you're done
Work sets you free
In a world run by dumbs
Tuesday, January 26, 2016
Varsóvia
Nestes
dias esmaecidos,
Com
o inverno à espreita,
Tão
ausente é a tua presença
Nesta
pacata tormenta.
De
soslaio te reparo
Num
silêncio de aflição,
Como
um desses monumentos
Que
mendigam atenção.
Sufoca-me
o cheiro
Da
tua pálida pele;
Nesta
cidade de guerras
Rendo-me
ao que me fere.
Juízo
Um
dia me ajuízo,
Perco
as estribeiras;
As
rimas sacudo
Pelas
ribeiras.
Um
dia assim,
Sem
sal,
Sem
festim;
Um
dia recolho
Os
pedaços de mim.
E
já recomposto,
De
tudo me desfaço.
E
com a viola ao dorso
Dou-me
aos passos.
Um
dia me ajuízo
E
ouço o sermão
Que
sempre emana
Do
meu coração.
Um
dia assim,
Chuvoso,
Sem
fim.
Um
dia eu deixo
Queimar
o estopim.
E onde eu for
Será
o meu lar;
Na paz interior
É
onde irei habitar.Monday, January 4, 2016
Cracóvia
Não sei a que vim;
Afundo em rodeios
No silêncio sem fim,
Nos meus devaneios.
Da minha própria voz
O timbre não lembro,
O inverno é o algoz
Que sopra em Dezembro.
Na estrada perdi-me
Na ânsia maldita;
Paixão que não redime
E é tampouco proscrita.
Destes patéticos dias
Que já escuros começam,
As noites fazem as vias
Onde meus pés tropeçam.
Bebo da água insalubre
Que me corrói as entranhas,
Mas é o impuro horizonte
Que me retém as manhas.
Ao forte insinuante
Encaro de longe,
Pela janela do quarto
Onde me faço monge.
O flamejante dragão
É metáfora épica
Do ardente coração
Que falha na métrica.
A névoa sorrateira
Que empalidece o Vistula
É do futuro à beira
A percepção nula.
Subscribe to:
Posts (Atom)