Um
dia me ajuízo,
Perco
as estribeiras;
As
rimas sacudo
Pelas
ribeiras.
Um
dia assim,
Sem
sal,
Sem
festim;
Um
dia recolho
Os
pedaços de mim.
E
já recomposto,
De
tudo me desfaço.
E
com a viola ao dorso
Dou-me
aos passos.
Um
dia me ajuízo
E
ouço o sermão
Que
sempre emana
Do
meu coração.
Um
dia assim,
Chuvoso,
Sem
fim.
Um
dia eu deixo
Queimar
o estopim.
E onde eu for
Será
o meu lar;
Na paz interior
É
onde irei habitar.
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