És
a mais bela obra
Esculpida
pela maestria da Mãe Natureza,
Modelada
aos moldes da tua imperfeição
Que
é tão perfeita!
Terias
sido a inspiração vitruviana de Da Vinci
E
és a minha inspiração poética por excelência.
E
esta inspiração é uma concessão
Para
tocar-te,
Como
se fosses um diamante bruto
Perdido
em terra apodrecida
E
maculado por mãos de sujos garimpos,
E
lapidar-te por dentro,
Neste
teu caos visceral,
E
transformar-te na tua própria garimpeira
Até
que te apercebas da raridade que és
E
do valor que tens para este simples andarilho
Que
vê nos teus quilates
O
peso bruto do afeto.
Nos
teus passos tortos e cambaleantes
Está
o ritmo da minha harmonia palpitante
Na
tua expressão infantil está a pureza
De
uma megera que fere sem se armar,
Nos
teus cabelos vagabundos
Estão
as curvas da perdição
Neste
caminho que sigo em tua busca,
Na
tua voz está o pirógrafo que me incendeia,
Na
tua ausência está a poesia que me corrói
E
no teu nome está a assinatura
Da
única expressão artística
Exposta
no museu do meu coração.
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