Wednesday, May 14, 2014

Champanhe e Relva

Que ganhe ou perca o Benfica ou o Porto
Ou o caralho que vos fode com gosto
Porque vós já perdestes, não importa
E aceitastes, mansinhos, a derrota
Sois águia sem qualquer asa
Sois dragão que não inflama
Vereis a trupe dos Nunos Melos
E demais psicopatas da vida;
Estarão bebendo champanhe
Como bebem todos os dias
Em nome da vossa desgraça
E da vossa estupidez
E o farão mais uma vez
Sobre os degraus da altivez
E vós nada bebereis
Corja de cidadãos interinos
Porque sede vós não tendes
Só tendes sono, como os felinos
Mas faltam-vos garras
E vergonha nessas caras
E ousadia e desobediência
E até um pouco de violência
Para comerdes o banquete
Dos parasitas insolentes
Mas vós sois um rebanho
Empanturrado em relva sintética
A relva dos coliseus modernos
Antros da cegueira ludopédica.


Nota: um psicopata, da trupe dos "boys" dos corredores da plutocracia, vai à TV mostrar a garrafa de champanhe da sua farra em nome do povo. Este, por sua vez, não bebe champanhe, mas empanturra-se até ao talo de relva. Eu também gosto de futebol, em doses homeopáticas, relegando-o à reduzida importância que ele deve ter, sobretudo na vida de um povo que está sendo goleado pela crise dos fanfarrões de Lisboa e Bruxelas.

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