Que
força é esta
Que
vem sem ser chamada,
Que
some feito fogo de palha
Ou
fica na vida encravada?
Que
força é esta
Que
pleita peito e invade sono,
Que
segue passos na sombra fria
E
espreita sem dar descanso?
Que
força é esta
Que
priva da calmaria,
Que
entorpece e vicia o tempo
E
paira na cantoria?
Que
força é esta
Que
traz inverno rigoroso
E
invade todas as janelas
Da
casa a que chamamos corpo?
Que
força é esta
Que
suprime a temperança
E
renova a maldição
De
velhas esperanças?
Que
força é esta
Que
nos teus trejeitos dança,
Que
pelos teus olhos chega
E
se torna minha sustança?
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